26 de ago. de 2013

Babi e a Deusa

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Era uma vez uma menina chamada Babi, que vivia com sua família em uma pequena fazenda. Lá tinham galinhas que punham muitos ovos, cresciam legumes e verduras, e tinha uma vaca que lhes dava leite fresco e quentinho todo dia. Babi adorava brincar em sua fazenda. Ela brincava com os gatos, subindo no celeiro para se esconder de todos no meio do feno, e tinha um balanço em sua grande varanda, enquanto balançava, ela bebia limonada fresca que sua mãe sempre fazia para ela.

Mas o que ela gostava de fazer, mais do que tudo, era ir para a floresta e visitar sua amiga, Nana. Nana era uma mulher muito velha que vivia em uma bela casa de campo coberta de plantas e flores. Na casa de Nana, havia tantas coisas maravilhosas para ver, e tinha um cheirinho muito bom.
Havia velas de todas as cores do arco-íris, frascos cheios de especiarias de cheiro, as ervas secavam nas vigas e ela fazia deliciosos chás adoçados com mel. Tinha até um tambor velho que Babi adorava tocar, fazendo muito barulho. Quando ela tocava o tambor, Nana sorria e acenava com a cabeça para a batida. Nana era muito velha, com dedos enrugados e uma grande corcunda. Nana parecia um pouco assustadora para Babi, mas ela sabia que Nana a amava como se fosse sua própria neta e que nunca faria mal a ela.

Hoje é um dia especial. É o aniversário de Nana. Babi queria trazer algo para dar a Nana, pois ela a amava muito. Mas Babi não tinha dinheiro para comprar um presente caro. Sua família não tinha dinheiro, pois a fazenda era muito pequena, então, Babi decidiu ir encontrar algo especial para levar a Nana.

Ela começou a caminhar ao longo da velha estrada de cascalho e terra, que levava para a casa de Nana na floresta. Ela já tinha feito aquele caminho tantas vezes que ela sabia os solavancos e poças e até mesmo o local onde os coelhos se escondiam. Ela gostava muito de passear na floresta. A floresta tinha um cheiro fresco de terra e os pássaros assobiavam belas canções.

Babi chegou à bifurcação na estrada. Ela sabia que à direita iria para a casa de Nana. A curva à esquerda a levaria para fora da floresta e para a cidade. Mas hoje, havia algo muito estranho. Uma pedra estava bem no meio da bifurcação na estrada, e Babi nunca tinha visto aquela pedra lá antes!
Ela andou devagar e com cautela até a pedra e percebeu que era um poço, feito de grandes pedras cinzentas e tinha um balde velho pendurado no meio.

Quando ela colocou a mão sobre a pedra, houve um relâmpago e um forte estalo. Ali, diante dela, apareceu uma enorme chama, e com ela, a mulher mais bela Babi já tinha visto. Babi deveria estar com medo, mas, estranhamente, ela estava muito calma e sem medo algum.

"Eu sou a Deusa a quem você está chamado!" disse a mulher. "Eu vou lhe conceder um desejo, minha filha. Que é que você realmente deseja?"

Imediatamente, Babi disse: "Eu quero ser rica!"

A bela mulher das chamas ergueu os braços e disse algumas palavras. Diante delas apareceu um caldeirão cheio de moedas de ouro. Babi correu para o caldeirão, agradecendo a Deusa. Ela passou a mão através das moedas. Eles eram de verdade mesmo! Mas, então, Babi percebeu que não havia maneira de levar o caldeirão de ferro cheio de ouro pesado. Então ela colocou várias moedas no bolso. Mas elas caíram no chão, porque Babi estava vestindo roupas velhas, e os bolsos tinham buracos de tanto ela brincar.
Então Babi lembrou que ela deveria estar procurando um presente para Nana. Ela olhou para baixo, e percebeu que ela realmente não quer ser rica. O que ela poderia fazer com todo esse ouro? A Deusa olhou para ela e disse:
"Ahhh... este não era o seu verdadeiro desejo, não é, pequenina?"

Ela olhou para cima e viu um belo falcão voando acima delas. Babi pensou um pouco e disse para a Deusa: "Eu gostaria de poder voar."

A Deusa novamente levantou os braços e disse algumas palavras. E no chão diante delas apareceu uma vassoura. A Deusa disse a Babi: "pegue-a e monte nela, minha querida."

Babi fez o que ela disse e subiu na vassoura. A vassoura levou Babi ao ar, entre os ramos das árvores e saiu sob o sol brilhante no alto da floresta. Ela sentiu o vento soprando e segurou firme a vassoura. Babi voou tão alto no céu, que podia ver a sua própria casa na fazenda, e parecia muito pequena lá de cima. Babi começou a ficar com frio, e um pouco tonta por causa da altura. Ela não tinha certeza de quanto tempo ela seria capaz de segurar a vassoura voadora. Ela gritou: "Eu não quero mais voar, Linda Deusa!"

Lentamente, muito lentamente, a vassoura levou Babi para um grande campo e ela desceu. A vassoura desapareceu num passe de mágica! Babi caiu em um campo de flores. Quando ela se sentou, a bela Deusa estava olhando para ela. A Deusa perguntou novamente: "O que é que você realmente deseja?"

Babi agora sabia o que ela queria mais do que tudo. Ela disse à Deusa, "Eu gostaria de ter uma fita rosa bonita para que eu pudesse fazer um buquê dessas flores para dar a Nana de presente em seu aniversário."

A Deusa inclinou-se para a menina, beijou-lhe a testa e tirou do ar uma longa fita rosa. A Deusa então desapareceu tão rapidamente como tinha aparecido. Babi escolheu as flores mais bonitas que ela pôde encontrar, amarrou-as com a fita, e finalmente foi para a casa de Nana.

Fim.

Esta história mostra como devemos ter cuidado com o que desejamos, pois nem sempre é o que parece. A alegria está nas pequenas e mais simples coisas. Pense nisso!


(História recontada por Paula Willowmoon, traduzida e adaptada por Viviane Lopes)


Fonte: Wicca para crianças

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